Inovação e a colaboração para a sustentabilidade em embalagens para alimentos - Ecoo

Inovação e a colaboração para a sustentabilidade em embalagens para alimentos

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por Caio Prado* – 

O ano de 2020 tem nos proporcionado vivenciar uma série de transformações. E no meio deste turbulento período, podemos perceber que o quesito colaboração nunca foi tão necessário para que a sociedade tivesse condições de enfrentar uma pandemia. Para sustentabilidade, tema tão sensível, não é diferente.

Diante de tantas transformações nos hábitos de consumo, todos precisamos nos adaptar às novas demandas e necessidades. Na indústria de alimentos, por exemplo, garantir excelência em proteção e segurança dos produtos para os consumidores, tornou-se ainda mais necessário. Nesse cenário, o desenvolvimento de novos sistemas de embalagens tem sido fundamental para colaborar com a indústria, com o varejo e com o consumidor no momento em que vivemos. Desta forma, quero destacar como a indústria de embalagens ganhou um papel ainda mais importante para a entrega de segurança alimentar e para a sustentabilidade na cadeia de consumo.

Não é de hoje que o investimento em inovação é necessário para o desenvolvimento de produtos seguros, principalmente quando se trata de alimentos frescos como proteína, por exemplo. Além disso, foi por meio da inovação e melhoria contínua que hoje as embalagens contribuem para o aumento da vida útil do alimento, fazendo com que haja menos desperdício no varejo.

Com os avanços tecnológicos, hoje conseguimos ter informações mais precisas sobre a segurança químicas dos aditivos e resinas utilizados em nossas embalagens, e claro, as regulamentações ao redor do mundo têm se desenvolvido para que as embalagens em contato com alimento sejam ainda mais seguras. Agora, regulamentações de materiais em contato com alimentos visam não apenas a segurança alimentar, mas a sustentabilidade têm ganho um espaço considerável na discussão. Contamos com a inovação também na busca do ponto de equilíbrio entre a quantidade adequada de material e o índice de proteção considerado excelente para o produto embalado. O mercado oferece hoje embalagens para proteínas processadas com até 40% menos plástico, com a mesma qualidade na proteção do alimento. Em alimentos como queijo, se compararmos BDF CRYOVAC com material termoformável, temos o BDF 3 vezes mais fino, ou seja, aproximadamente 75% de redução do peso da embalagem. São embalagens menores que otimizam a logística no varejo, reduzindo impacto ambiental da cadeia.

A indústria tem trabalhado incessantemente também ao longo das últimas décadas na redução de gases do efeito estufa, consumo de água e energia elétrica, na geração de resíduos e temos conseguido atingir os nossos objetivos em todos esses itens, demonstrando excelência operacional.

Todo investimento e esforço em tecnologias inovadoras e funcionais  não fariam sentido se não for considerada a necessidade de caminhar na direção de uma economia circular para plásticos.  Em 2018, o Brasil reciclou 22% do plástico descartado, em comparação com 24,2% nos Estados Unidos e a 75,1% na União Europeia, segundo estudo encomendado pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast). A pesquisa mostrou também que houve um crescimento de 37% na reciclagem de plástico pós-consumo se comparado com os dados de 2016.

Esses números mostram o quanto ainda temos que evoluir e a relevante necessidade de desenvolver iniciativas locais para atender a realidade do Brasil. Na estratégia de inovação é necessário contemplar materiais que além de serem recicláveis, encontrem sistemas aptos a realizar a reciclagem dentro da realidade de cada região.  Por esse motivo, trabalhamos com outras possibilidades que vão desde a redução de  materiais em nossas embalagens, reduzindo espessura e mantendo a proteção ótima ao produto embalado, até em colaborações com fornecedores globais em novos desenvolvimentos de materiais.

Muito já foi feito, mas para nos manter na vanguarda da indústria de embalagens temos feito uma abordagem holística da sustentabilidade, temos buscado compreender ainda mais a dinâmica de uso do consumidor final, e claro, incluindo questões de higiene que ficaram ainda mais em evidência com os últimos acontecimentos deste ano.

A indústria pode e deve ajudar o consumidor entre a atitude e a prática sustentável. Precisamos agir juntos e em colaboração. Não há quem alcance um patamar de sustentabilidade global sem parcerias locais bem estabelecidas. São necessárias parcerias para pesquisas de matéria-prima mais sustentáveis e seguras, para conscientização dos consumidores sobre descarte correto, para logística de descarte, para inovação no sistema de reciclagem, dentre outras necessidades.

Por exemplo, se compararmos a pegada de carbono da embalagem com a pegada de carbono de uma proteína ou um aparelho eletrônico, ela é bem menor do que estágios da extração, plantio e manufatura, mas exerce uma responsabilidade enorme em manter a integridade do produto embalado. Se houver falha, o impacto ambiental é dobrado pois haverá a necessidade de um novo material para suprir a demanda. Por esse motivo estamos aqui para proteger e resolver os desafios de embalagem de nossos clientes. O nosso sucesso é o resultado de nossas colaborações. A colaboração da indústria, consumidor, varejo e Estado é o que nos fará ir mais longe, nos fará vencer os desafios.

*Caio Prado é líder de sustentabilidade e assuntos regulatórios da Sealed Air

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