2020: Ano Bissexto. Conheça esse conceito e a importância de sincronizar o calendário com o comprimento natural do ano - Ecoo

2020: Ano Bissexto. Conheça esse conceito e a importância de sincronizar o calendário com o comprimento natural do ano

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por Robson Rodrigues – 

Cercado de curiosidades, o dia faz parte de um calendário alinhado ao movimento da terra e é fundamental para a organização das ações humanas

O ano de 2020 será mais longo do que normalmente é. Exatamente um dia, conhecido como Ano Bissexto. Dizer que um ano tem 365 dias, não é preciso, pois ele possui 365,2422 dias, ou seja, 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 46 segundos – é este o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol.

Esse calendário foi adotado no final do século 16 quando os astrônomos notaram que no final de 365 dias, a Terra ainda havia voltado à mesma posição relativa ao Sol, ou seja, ainda não tinha completado uma órbita em torno da estrela. Desta forma, ao concluir um ano comum ficamos atrasados quase um quarto de dia e ao fim de quatro anos o atraso seria de quase um dia completo. É ai que recuperamos o atraso, adicionando um dia ao calendário e tornando o ano bissexto.

Essa lógica foi estabelecida pelo papa Gregório XIII e ficou conhecida como calendário Gregoriano e é utilizada internacionalmente. A tentativa de sincronizar o calendário com o comprimento natural do ano tem um efeito notável no longo prazo. O atraso é de cinco horas, 48 minutos e 46 segundos por ano, o que em quatro anos dá um atraso de aproximadamente 23 horas e 16 minutos. Ao arredondar para 24 horas ficamos com 44 minutos a mais ou 0,0078 dia.

O pontífice sabia que havia essa diferença. Então, após 100 anos na contagem do novo calendário ficaria sobrando “quase” um dia. Ele então estabeleceu que os anos múltiplos de 100 não seriam bissextos, apesar de também serem múltiplos de quatro. Ainda assim ficava um resíduo de 0,0022, esse tempo também é corrigido a cada 400 anos, o que nos levaria a uma nova situação de ano bissexto.

Segundo Giovanna Carvalho, educadora do museu de ciências Catavento Cultural, o entendimento do Ano Bissexto começa a partir do exato tempo que um dia tem.

“A diferença começa a partir dos dias. Um dia não tem exatamente 24 horas. São 23 horas, 56 minutos e quatro segundos. Nós consideramos o dia solar, mas o movimento de rotação segue o dia sideral, que tem uma duração menor do que o dia solar. Essa diferença no final de um ano dá quase seis horas a mais”, diz.

Ano Novo em datas diferentes

Alguns cientistas acreditam que existe um planeta em que o Ano Novo nunca cai no mesmo momento. Esse planeta é a Terra mesmo. Em teoria, a duração real de um determinado ano pode variar em alguns segundos devido à influência da força gravitacional de outros planetas.

Estas variações se dariam devido a perturbações da órbita da Terra por ação de outros planetas do sistema solar, principalmente Vênus, Júpiter e Saturno, que a desviam de uma elipse perfeita. Isso porque a força da gravidade aumenta na medida em que a densidade e o raio do planeta também aumentam.

Para Giovanna Carvalho, outros planetas exercem um efeito gravitacional na Terra, porém essa perturbação é insignificante e não chega a alterar o curso da Terra nem o tempo de duração de um ano.

“Essa perturbação é muito pequena, porque o Sol tem 99% da massa do nosso sistema solar e a gravidade dele surte um efeito muito maior do que a gravidade de outros planetas ao redor da órbita da Terra”, diz Giovanna.

Organização das atividades humanas

O movimento de rotação marca o aparecimento e ocultação do Sol de forma regular, dando ao homem, um ciclo de vida, porém é o movimento de translação que permite uma organização das ações humanas ligada aos fenômenos naturais, como o conhecimento das estações do ano, conhecimento do clima e agricultura, cheia dos rios, entre outras coisas.

A criação do Ano Bissexto foi essencial para que a organização das atividades humanas. Sem o conhecimento do movimento de translação, ano a ano as estações ficariam cada vez mais descompassadas e se deslocariam com o passar do tempo.

Robson Rodrigues é jornalista e colabora com a Agência Envolverde 

e-mail: [email protected]

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